Hoje acordei com uma sensação estranha. Ao meu lado dormia a Joana que entretanto chegou de Barcelona para me dar aquele abraço quente.
Estava inchado e com as vias respiratórias obstruídas.
Vamos agora a caminho da civilização e à nossa frente viaja um casal, já de sua idade, ambos com bom aspecto!
Temos clássica como música de fundo.
Um casal simpático pelo seu bom ar. Os dois de braços cruzados, com uma postura irrepreensível e bem vestidos – bustos brancos de marca seleccionada, com ar sereno.
Têm uma conversa que a custo se ouve. Murmuram um para o outro mostrando a intimidade e respeito que ambos nutrem. Falam sobre a viagem a Itália, talvez agregada a uma qualquer analogia interessante.
Têm ar de interessados e cultos.
Olho a Joana, vai com a cabeça aparada pelo braço esquerdo. Sorri.
Acho que deve estar a sentir exactamente o mesmo.
Amanha vou querer visitar a fundação, algo neste casal me suscita a vontade de sentir a relação Arpad / Vieira.
Os senhores continuam a conversa... bem falante o Sr., ela bem mais calma mas com ar astuto.
O dia vai correr bem, certamente!
Mais tarde:
Não correu!
Levei o dia inteiro a tentar fazer uma ligação coerente entre os edifícios da análise proposta, o grupo esforçado, mas nada.
Amanhã faço anos. O dia que acho ser o mais bonito do ano, o mais redondo e com tons acastanhados.
Recordo as noites de dia 17 de Outubro em minha casa: observo atentamente a agitação na cozinha... a minha mãe não para e o frigorifico deixa de ter espaço.
Sinto-me doente. Não estou adepto do social, mas convidei cerca de 30 pessoas. Não vou ter tempo para comprar roupa para estrear e vou começar o dia a apresentar o trabalho mais ridículo alguma vez proposto.
Isto de se “fazer anos” é incoerente, como é possível os pais criarem expectativas nas crianças, mostrar que o dia de aniversário é um dia especial, que nos pertence e que todas as pessoas que nos rodeiam nos devem felicitar quase a medo por existirem neste “nosso” dia!
Vou festejar a minha vida, não a contagem decrescente para a morte.
Quero ter direito a um bolo de aniversário com uma única vela, sem número!
Não aos rótulos!
Estava inchado e com as vias respiratórias obstruídas.
Vamos agora a caminho da civilização e à nossa frente viaja um casal, já de sua idade, ambos com bom aspecto!
Temos clássica como música de fundo.
Um casal simpático pelo seu bom ar. Os dois de braços cruzados, com uma postura irrepreensível e bem vestidos – bustos brancos de marca seleccionada, com ar sereno.
Têm uma conversa que a custo se ouve. Murmuram um para o outro mostrando a intimidade e respeito que ambos nutrem. Falam sobre a viagem a Itália, talvez agregada a uma qualquer analogia interessante.
Têm ar de interessados e cultos.
Olho a Joana, vai com a cabeça aparada pelo braço esquerdo. Sorri.
Acho que deve estar a sentir exactamente o mesmo.
Amanha vou querer visitar a fundação, algo neste casal me suscita a vontade de sentir a relação Arpad / Vieira.
Os senhores continuam a conversa... bem falante o Sr., ela bem mais calma mas com ar astuto.
O dia vai correr bem, certamente!
Mais tarde:
Não correu!
Levei o dia inteiro a tentar fazer uma ligação coerente entre os edifícios da análise proposta, o grupo esforçado, mas nada.
Amanhã faço anos. O dia que acho ser o mais bonito do ano, o mais redondo e com tons acastanhados.
Recordo as noites de dia 17 de Outubro em minha casa: observo atentamente a agitação na cozinha... a minha mãe não para e o frigorifico deixa de ter espaço.
Sinto-me doente. Não estou adepto do social, mas convidei cerca de 30 pessoas. Não vou ter tempo para comprar roupa para estrear e vou começar o dia a apresentar o trabalho mais ridículo alguma vez proposto.
Isto de se “fazer anos” é incoerente, como é possível os pais criarem expectativas nas crianças, mostrar que o dia de aniversário é um dia especial, que nos pertence e que todas as pessoas que nos rodeiam nos devem felicitar quase a medo por existirem neste “nosso” dia!
Vou festejar a minha vida, não a contagem decrescente para a morte.
Quero ter direito a um bolo de aniversário com uma única vela, sem número!
Não aos rótulos!
3 comments:
e terás a tua vela e o teu sopro trazer-te-á um ano cheio de sorrisos! Dias como o de hoje é o que não falta...mas o amanhã assim tem muito mais gosto!
Viva o infantário e os corpos administrativos de assistência social!
Desejo-te muitos parabens...se bem que para mim o dia de aniuversário não tem tanto significado...nunca liguei muito a isso...se calhar estou errado...bem, deixando filosofias de parte...espero que passes um bom dia e que te sintas vivo :) abraço forte
Detesto rótulos!
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