Sunday, October 22, 2006

Sonhei contigo 22|10


Os sonhos são como o vento, sentimo-los, mas não sabemos de onde vêm nem para onde vão. Eles inspiram o poeta, animam o escritor, arrebatam o artista, abrem a inteligência do cientista, dão ousadia ao líder. Eles nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da mente humana, um lugar que poucos exploram e compreendem.
Há dois tipos de sonhos.
Primeiro, os sonhos que produzimos quando mergulhamos no sono. Segundo os sonhos que produzimos quando estamos acordados, vivendo as lutas da existência, sentindo a vida que pulsa no nosso dia-a-dia.
Os sonhos gerados no sono têm grande importância para o desenvolvimento da inteligência. Quando adormecemos, o “eu”, que representa a nossa vontade consciente, deixa de actuar logicamente e, paralelamente, alguns fenómenos inconscientes começam a ler continuamente e a produzir ideias, imagens mentais, fantasias e personagens. Há uma explosão criativa nos sonhos nocturnos, uma releitura do passado.
Estes sonhos são como complexos filmes arquitectados se um director, sem uma condução lógica. São filmes que resgatam informações do passado recente ou remoto, dando nova forma, cores e sabores às experiências vividas.
Os sonhos nocturnos não são inofensivos, pois são registados na memória e tanto podem alargar a aprendizagem e enriquecer a personalidade como alimentar a insegurança e a ansiedade.
Todos sonhamos quando dormimos, embora nem sempre nos recordemos dos sonhos quando acordamos. Este é o primeiro tipo de sonho.
O sonho que produzimos quando estamos acordados, quando choramos, brincamos, cantamos, falamos, observamos... o sonho que brota quando beijamos quem amamos. O sonho que surge quando a vida nos decepcionou, a alegria se dissipou, a esperança partiu.
Os sonhos que transformam o mundo, que nos inspiram a criar, nos animam a superar, nos encorajam a conquistar.
A presença dos sonhos transforma os miseráveis em reis, e a ausência dos sonhos transformam os milionários em mendigos.

Como diz a minha mãe eu vivo no mundo das maravilhas... Bendito mundo das maravilhas!

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