
O Museu não deve ter principio, nem fim, nem percursos.
Álvaro Siza Vieira
Atitude é a proposta que apresento de um Museu de Arte Contemporânea no âmbito da cadeira de Projecto de Arquitectura.
A arte dos nossos dias é Atitude. Existem correntes que definem a arte contemporânea como arte da rebeldia, da vontade de surpreender, da busca pela originalidade a qualquer preço. O termo “vanguarda” aplica-se de certa forma a esta definição, oriunda da expressão militar “avant-garde”, que significa estar a frente da tropa, ou avanço do pelotão.
Assumo dois volumes completamente fechados com características idênticas, ambos elevados em relação à cota de entrada. Diferenciam-se pela dimensão, o maior dedicado à exposição efectiva do museu, o menor às temporárias. São estes que definem os limites do edifício, orientados com eixos paralelos aos limites laterais do terreno.
Como união dos dois módulos e constituinte da frente do museu está patente um núcleo de serviços com a assumida entrada característica de um edifício de caracter cultural.
Esta união será materializada de forma leve (ex. vidro) com o intuito de suportar a “carga cultural” – módulos de exposições laterais (materialidade pesada – exp. aço cortén).
Centralizo portanto os serviços do museu, estabeleço a relação entre as salas de exposição (sempre com percursos circulares) e crio um espaço de exposição exterior num género de claustro formado entre os três módulos referidos e um muro de contenção.
Atitude é perceber que o peso cultural não deve ser medido. Assimilado.
2 comments:
Ficamos a espera da realidade palpável daquilo que as palavras nos fizeram imaginar. Beijo
e essa ultima frase diz mm tudo, adorei...
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