"Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento demais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as No colo, e que o seu perfume suavize o momento - Este momento em que sossegadamente não cremos em nada, Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova, Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o o bolo ao barqueiro sombrio, Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti. Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio, Pagã triste e com flores no regaço. "
É isto que penso agora... Mais vale é estar quieto...
"Catarina ja te respondi para o blog vai ver e ve se percebes...
domus quieta acabo de o reler pela terceira vez sim, percebo
Catarina claro que percebes...és um menino espertinho
domus quieta mas nao posso ser tão apático, nem tu. Poderemos atingir essa calma mas é momentânea e antes esperneámos e gritámos apaixonados e qd terminar e fores primeiro que eu com o sr sombrio da barca, estou certo que gritarei novamente
porque n somos apáticos
e porque vivemos"
Não costumo responder aos comments dos meus post's mas este é inevitável.
Quando falo...não falo no geral... É apenas uma parte de mim que quero adormecer... Outras estão aqui dentro a pedir-me vida...e a fazer-me gritar! Estou em guerra com a vida! Ela (a vida) ou anda-me a praxar ou é bi-polar!! (escolho a segunda) Se o barqueiro te levasse...acredita que espernearia mais do que podia imaginar...
Mas "essa tal parte" que quero adormecer exige-me que esteja quieta...
5 comments:
"Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)
Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.
Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.
Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.
Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.
Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.
Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.
E se antes do que eu levares o o bolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço. "
É isto que penso agora...
Mais vale é estar quieto...
Love you too
"Catarina
ja te respondi para o blog
vai ver e ve se percebes...
domus quieta
acabo de o reler pela terceira vez
sim, percebo
Catarina
claro que percebes...és um menino espertinho
domus quieta
mas nao posso ser tão apático, nem tu.
Poderemos atingir essa calma mas é momentânea
e antes esperneámos e gritámos apaixonados
e qd terminar e fores primeiro que eu com o sr sombrio da barca, estou certo que gritarei novamente
porque n somos apáticos
e porque vivemos"
Não costumo responder aos comments dos meus post's mas este é inevitável.
Quando falo...não falo no geral...
É apenas uma parte de mim que quero adormecer...
Outras estão aqui dentro a pedir-me vida...e a fazer-me gritar!
Estou em guerra com a vida! Ela (a vida) ou anda-me a praxar ou é bi-polar!!
(escolho a segunda)
Se o barqueiro te levasse...acredita que espernearia mais do que podia imaginar...
Mas "essa tal parte" que quero adormecer exige-me que esteja quieta...
As vezes não consigo...
Não estava a falar de ti amigo...apenas deste meu novo estado de espirito...:S
Quer-me parecer que tens os melhores amigos do mundo! Gosto especialmente da ultima foto! :-P
Post a Comment