Se falarmos demais não nos resta muito para escrever.
Se pensarmos demais não nos resta muito para sentir.
Preferia ser muito menos. Preferia me julgar imenso. Preferia até ser sedentário e sentir o monopólio de mim mesmo.
São formas que me rodopiam frenéticas, cada uma tem uma cor e uma sensação específica. Trazem-me tanto e tão pouco. São imagens, presentes oportunos do que somos e para o que vimos. E no mesmo instante que chegam, fogem. Pouco tenho a escrever.
Se um dia conseguir olhar para trás e perceber o percurso então sinto-me capaz de gritar ao mundo que é possível perceber tudo com a maior da nitidez. Pouco tenho a pensar.
E sinto tudo calado. A angústia é minha parceira neste estado solitário onde o perímetro é a ambivalência entre o ser e o não ser. Tudo tenho para sentir.
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