
Não posso fugir do tectónico, nem das materialidades.
Não posso fugir dos ritmos, nem do pormenor.
Não posso prender a vontade, nem a expressão.
As partes confundem-me, mas o todo marca-me sem que o compreenda.
Quem sou não interessa. O que se expressa é o acto em si. A conjugação destes sons. A marca ladrilhada e efectiva do que não é assertivo, o sensível.
São movimentos inertes, posturas não afirmadas, estruturas inquebráveis e incertas. São frágeis pela carência impressa. São tempo de partilha, admiração e respeito. São certas, eternas. São silhuetas esguias, num intrelaçar de cumplicidade.
É o todo sentido como parte.
A essência renegada.
O jogo sensível conjugado no infinito, onde o sujeito é passivo.
Não posso fugir desta angustia que me condiciona o traço, nem destas maravilhosas aparições.
Não posso renegá-la, nem viver em sua função.
Não posso viver sem sentir.
2 comments:
humm está quase :)
nao fujas...agarra isso tudo :)
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