Não creio que alguma vez dois seres tenham sido tão felizes quanto nós.
Já são estas horas!
Toda a vida reduzida a um dia, toda a vida.
Ainda é de manhã?(...) Eu morri?
Eternamente dando festas para disfarçar o silêncio.
Queremos tudo.
Há quantos anos foi isso?
Conheces a rotina.
Temos uma hora para morrer.
O que acontece quando morremos? – Voltamos de onde viemos.
Não me lembro de onde vim.
É possível morrer? É mesmo possível morrer?
Senti-me livre pela primeira vez em anos.
Oiço vozes.
Achas que um dia consigo escapar?
A tua vida é tão trivial, tu és tão trivial.
Falso conforto.
Sensação de promessa – É aqui que começa! – Nunca me ocorreu que não era este o inicio.
Não há tal obrigação, não existe tal obrigação.
Só eu posso compreender o meu estado.
A escolha é minha.
Quem me dera por ti ser feliz nesta quietude.
Não se encontra a paz fugindo à vida.
Não demorei assim tanto. Houve um instante que pensei durar mais, mas mudei de ideias.
Mas continuo a ter que enfrentar as horas.
As vozes estão sempre aqui.
Mantive-me vivo por ti, mas agora tens que me libertar.
Conta-me a história do teu dia.
Alguém tem que morrer para que valorizemos mais a vida.
Há alturas que nos sentimos tão diferentes!
Seria maravilhoso poder dizer que me tinha arrependido, mas o que mudaria?
Escolhi a vida.
Será a morte uma opção?
Morremos mesmo?
A eternidade do momento cai em mim com a particularidade sublime dum todo imperceptível.
O tempo não para e a vida insiste numa abstracção desleal.
Serei eu capaz de enlouquecer? Sintam-me louco. É o sinal da minha sobriedade.
Talhamos cada molde e os anos passam sem que sejam sentidos os meses, os dias, as horas, a particularidade do momento. Talhamos cada traço expressivo da nossa pele.
E quem somos? Somos quem pensamos ser, ou o que vêem em nós?
Existimos pelos outros ou por nós próprios?
A exacerbação da vida intriga-vos numa realidade antagónica.
Estão todos enganados.
Quem morre é o visionário...
Olhar a vida de frente, olhá-la de frente... saber o que ela é e amá-la.
Entre nós sempre os anos. Entre nós sempre o amor. Sempre as horas.
The hours – a crítica ao filme do visionário.
Dedico este texto a alguém muito especial. Vive, por ti. Sente, por ti.
Estranho não te conhecer e sentir-te tão perto!
Dedico - te este texto, Eric.
2 comments:
é um dos filmes da minha vida :)
If I just can forget...
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