É tudo o que mais quero, mas estou cá e sinto um vazio enorme.
Acordo e oiço os cânticos, mas não estou na minha cama, as paredes do quarto não foram decoradas por mim e nada me pertence num traço que tenciono manter.
As ruas são iluminadas pelo céu prateado, o verde é mais verde e as pessoas mais tristes.
Sinto-me feliz, sinto-me triste.
Aquilo que procuramos, aquilo para o que lutamos nem sempre traz a garantia de nos servir completos.
Sinto falta de tudo, até do sol.
Desde cedo, ao acordar (expectante) sinto falta do tom de voz que se avizinha longe e que me desperta dum silêncio sonhador. Sinto falta das pessoas.
Sinto falta de me sentir em casa e sei que é cá que quero construir a minha.
Tudo se torna catastrófico no que antes se mostravam pormenores apaixonantes.
Sinto-me patriota, e nunca o fui. Adormeço cedo.
As pessoas são feias e vestem-se mal. São antipáticas e carrancudas. Não olham a cidade nem a ouvem como eu.
Sinto que as diferenças que me tornam único são abismais neste sítio. E ninguém me conhece.
Vivem para dentro.
Mesmo assim, não quero ir embora.
Não me apetece procurar muito, apetece-me observar.
Não vou procurar muito, vou sentir. É sensorial a bagagem de retorno.
Falo pouco, e penso para dentro.
Amanhã mudo de sítio.
Acordo e oiço os cânticos, mas não estou na minha cama, as paredes do quarto não foram decoradas por mim e nada me pertence num traço que tenciono manter.
As ruas são iluminadas pelo céu prateado, o verde é mais verde e as pessoas mais tristes.
Sinto-me feliz, sinto-me triste.
Aquilo que procuramos, aquilo para o que lutamos nem sempre traz a garantia de nos servir completos.
Sinto falta de tudo, até do sol.
Desde cedo, ao acordar (expectante) sinto falta do tom de voz que se avizinha longe e que me desperta dum silêncio sonhador. Sinto falta das pessoas.
Sinto falta de me sentir em casa e sei que é cá que quero construir a minha.
Tudo se torna catastrófico no que antes se mostravam pormenores apaixonantes.
Sinto-me patriota, e nunca o fui. Adormeço cedo.
As pessoas são feias e vestem-se mal. São antipáticas e carrancudas. Não olham a cidade nem a ouvem como eu.
Sinto que as diferenças que me tornam único são abismais neste sítio. E ninguém me conhece.
Vivem para dentro.
Mesmo assim, não quero ir embora.
Não me apetece procurar muito, apetece-me observar.
Não vou procurar muito, vou sentir. É sensorial a bagagem de retorno.
Falo pouco, e penso para dentro.
Amanhã mudo de sítio.
4 comments:
Fico um pouco triste com o que li! Embora tenha a certeza que é essa estranheza que sentes que te faz falta! Num momento tudo muda, vais ver! O que entendias como vazio...entenderás como um "espaço" para começares tudo de novo...há quem le chame esperança!
As coisas boas nem sempre começam com sentimentos bons...Assim ainda é melhor! A surpresa apanha-te!!
É isto que eu espero que te venha a acontecer...E quando voltares...vais é sentir saudades de ti aí, sozinho...
Penso eu...
Gostaria que esses dias te fossem tão importantes e mágicos como foram para mim os dias em Londres...
Queria muito que assim fosse...mas, as vezes...há sonhos que são para ficar só assim...SONHOS...
Isso terás de ser tu a perceber...
Amo-te amigo!
a vida tem destas voltas estranhas
que te confundem nas suas manhas
faz-te tantas vezes perder o norte e a razão
e crava as garras no teu coração
não pede desculpa não pára pra ver
confunde os teus sonhos até te perder
faz-te tantas vezes sentir o dono do mundo
e de repente deixa-te só
mas depois para te consolar
dá-te o céu e as estrelas o calor e o mar
faz-te sonhar e faz-te morrer
mas deixa-te sempre mais uma vez
sarar as feridas e amanhecer
a vida tem destas voltas estranhas
onde te prende e te emaranhas
faz-te tantas vezes rodar como um pião
e crava as garras no teu coração
mas depois pra te consolar
dá-te o céu e as estrelas o calor e o mar
faz-te sonhar e faz-te morrer
mas deixa-te sempre mais uma vez
sarar as feridas e amanhecer
lamber lágrimas, sarar as feridas
e amanhecer
[Mafalda Veiga]
Não tenhas medo de viajar, com ou sem bagagem sei que vais encher o mundo de surpresas e pequenas delicias que vão adoçar as vidas de todos os que tiverem o privilegio de se cruzar no teu caminho.
Não tenhas medo de caminhar, porque aqueles que te amam seguiram as tuas pegadas.
Não existem sitios... porque o amor a alegria de viver e de acreditar estão onde quiseres*
Estejas onde estiveres há sempre um cantinho teu*
*bissous aux chocolat*
que tudo corra pelo melhor amigo :)
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