Dia 15 de Junho de 2008.
Há dois dias que durmo pouco, há duas semanas que não paro de trabalhar. Doem-me os músculos, sinto-me sem forças, exausto.
Dia 15 de Junho de 2008, acordo cedo. Sinto os olhos pesados, mas levanto-me rapidamente. Aparo a barba e entro no banho, visto-me a rigor e saio com a mesma sensação com que me deitei.
Estou nervoso.
O dia soalheiro.
Faço uma pequena viagem e chego rápido ao destino.
“Esconde-te, o Dário chegou”
Mantenho a postura que os demais notam e poucos percebem. Os cumprimentos necessários, o sorriso sincero e a aproximação do que para vim.
Estou alegre, angustiado, nervoso e temo não entender nada do que ali se está a passar.
Não posso comentar isto com ninguém, não é o meu dia.
Entro na casa e recebo um abraço forte, nada mudou. Tudo se mantém como guardara até então. Foi tudo um sonho mau e tu não estavas vestida de noiva. Eras apenas aquela rapariga que cresceu comigo, que descobriu o mundo comigo e que guarda em mim os momentos mais tenros do meu ser.
Afasto-me e afinal estás vestida como uma princesa, é o dia do teu casamento. Abraço-te outra vez e sussurro que estás linda. Passaram alguns anos e a nossa amizade tornou-se num amor dum conto de fadas. Estás vestida de noiva e vais casar comigo, tudo se torna mais fácil assim…
Mas não, não é comigo que vais casar. Afasto-me para que as outras pessoas te possam cumprimentar e fujo para fumar um cigarro longe.
Tudo se quebra ali, és o meu passado vivo. És a caixinha que me faz recordar momentos, cheiros, sentimentos, sítios e pessoas e não me podes trocar.
Desço pelas traseiras da casa e a minha irmã segue-me. Comenta comigo a tua beleza e nisto quando tento perceber que realidade é a que me faz feliz ou a que me assombra, choca em mim a inércia do que julgo simples e modesto, e a fervorosa força de viver. Volto aquele tempo em que conseguia chorar e sem controlar choro como uma criança, aquele puto loirinho de cabelo à tigela que só tu conheceste tão bem!
Dia 15 de Junho de 2008 é o dia do teu casamento, estás feliz. Mereces que te confie aquele tempo que ficou lá atrás. Mereces que te sinta feliz e acredite que não sou o príncipe das brincadeiras. Que crescemos e que somos adultos, que sentimos outras coisas e que jamais trocarias o meu lugar pelo do teu noivo e vice-versa.
Senti na tua felicidade e no teu sorriso de menina que é possível acreditar e sentir de formas muito mais simples. E embora tudo isso contrarie a máscara que com o tempo me vai consumindo, tu existes para me mostrar que sou eu que a uso e não o contrário.
Parabéns, espero do fundo do meu ser que sejam muito felizes e que lutem por isso todos os dias, sem esquecerem que em algumas partes dessa luta constante existem momentos de felicidade.
Adoro-te e vou ser um padrinho babado :)
Há dois dias que durmo pouco, há duas semanas que não paro de trabalhar. Doem-me os músculos, sinto-me sem forças, exausto.
Dia 15 de Junho de 2008, acordo cedo. Sinto os olhos pesados, mas levanto-me rapidamente. Aparo a barba e entro no banho, visto-me a rigor e saio com a mesma sensação com que me deitei.
Estou nervoso.
O dia soalheiro.
Faço uma pequena viagem e chego rápido ao destino.
“Esconde-te, o Dário chegou”
Mantenho a postura que os demais notam e poucos percebem. Os cumprimentos necessários, o sorriso sincero e a aproximação do que para vim.
Estou alegre, angustiado, nervoso e temo não entender nada do que ali se está a passar.
Não posso comentar isto com ninguém, não é o meu dia.
Entro na casa e recebo um abraço forte, nada mudou. Tudo se mantém como guardara até então. Foi tudo um sonho mau e tu não estavas vestida de noiva. Eras apenas aquela rapariga que cresceu comigo, que descobriu o mundo comigo e que guarda em mim os momentos mais tenros do meu ser.
Afasto-me e afinal estás vestida como uma princesa, é o dia do teu casamento. Abraço-te outra vez e sussurro que estás linda. Passaram alguns anos e a nossa amizade tornou-se num amor dum conto de fadas. Estás vestida de noiva e vais casar comigo, tudo se torna mais fácil assim…
Mas não, não é comigo que vais casar. Afasto-me para que as outras pessoas te possam cumprimentar e fujo para fumar um cigarro longe.
Tudo se quebra ali, és o meu passado vivo. És a caixinha que me faz recordar momentos, cheiros, sentimentos, sítios e pessoas e não me podes trocar.
Desço pelas traseiras da casa e a minha irmã segue-me. Comenta comigo a tua beleza e nisto quando tento perceber que realidade é a que me faz feliz ou a que me assombra, choca em mim a inércia do que julgo simples e modesto, e a fervorosa força de viver. Volto aquele tempo em que conseguia chorar e sem controlar choro como uma criança, aquele puto loirinho de cabelo à tigela que só tu conheceste tão bem!
Dia 15 de Junho de 2008 é o dia do teu casamento, estás feliz. Mereces que te confie aquele tempo que ficou lá atrás. Mereces que te sinta feliz e acredite que não sou o príncipe das brincadeiras. Que crescemos e que somos adultos, que sentimos outras coisas e que jamais trocarias o meu lugar pelo do teu noivo e vice-versa.
Senti na tua felicidade e no teu sorriso de menina que é possível acreditar e sentir de formas muito mais simples. E embora tudo isso contrarie a máscara que com o tempo me vai consumindo, tu existes para me mostrar que sou eu que a uso e não o contrário.
Parabéns, espero do fundo do meu ser que sejam muito felizes e que lutem por isso todos os dias, sem esquecerem que em algumas partes dessa luta constante existem momentos de felicidade.
Adoro-te e vou ser um padrinho babado :)
2 comments:
What's simple is true...
hehe parabéns :)
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